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domingo, 28 de março de 2010


Cemitério
J. Norinaldo.

Minhas ruínas são meus sonhos,
Quando acordo e não os vejo,
Minhas ruínas são meus ganhos,
Que perco sonhando com um beijo,
Minhas ruínas são meus castelos,
Construídos com as pedras do desejo.

Ruínas seremos todos no final,
Com ruínas enfeitadas ao redor,
As ruínas do silencio para sempre,
Que escondem dos corvos a carniça,
Do orgulho da soberba na caliça...
Da ruína que retornará ao pó.

Cemitério jardim onde nada brota,
Mas que lota de semente a cada instante,
Bem regadas por lágrimas de dor,
Que dão a única certeza ao regador,
Que por mais bens que tenha nesta vida...
Um belo dia também será regado.




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