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terça-feira, 13 de abril de 2010



O olhar do Camelo.
J. Norinaldo.

O camelo com seu olhar indiferente,
E o velho resmunga algo ininteligível,
Leio a multa que está no para brisa,
A mancha de batom na camisa é visível
O wysky que serviram era falso,
A ressaca esta sim, será bem legítima.

O caminho se torna mais longo,
E a chuva não cessa um segundo,
E esse rádio que não funciona,
E este cheiro de podre do mundo;
Por que me preocupar tanto,
Com o olhar de um camelo imundo.

Não sei por que velhos resmungam,
E os camelos são indiferentes,
Como saber o que os velhos dizem?
Descobrir o que os camelos sentem.
E esta multa molhada no vidro...
Por serem velhos serão inocentes?

E o semáforo mudando de cor,
E o resmungo do velho prossegue,
O sinal verde novamente avisa,
Que o olhar do camelo me segue,
Que o cheiro de podre do mundo...
Não é da mancha de batom na camisa.


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