Assim Caminha.
J. Norinaldo.
Besuntar o corpo com a alma seca,
Abraçar o vento com uma velha rede,
Regar o jardim aos olhos alheios,
Comer os recheios em nome da gula,
Defecar na água que lhe mata a sede;
É usar os arreios no lugar da mula.
Freqüentar o templo por temer a dor,
Falar num senhor com intimidade,
Renegando a besta com um nome qualquer;
Afiando a espada da insanidade,
Que degola e mata em nome da fé,
É assim que caminha a humanidade.
Levantando muro que esconde o tesouro,
Avança ligeiro a buscar o futuro,
Com unhas de ferro destruindo a terra,
E o grito de guerra que fala em caveira,
O sorriso triste nos dentes da serra...
Cultivando a planta que não dá madeira.
A moeda fácil que sustenta o vício,
De quem já tem tudo, mas quer muito mais,
A divulgação do que está na moda;
Cheirar numa roda que gira pra trás,
E os cascos da besta vão calando fundo...
Esmagando o mundo e seus ideais.
J. Norinaldo.
Besuntar o corpo com a alma seca,
Abraçar o vento com uma velha rede,
Regar o jardim aos olhos alheios,
Comer os recheios em nome da gula,
Defecar na água que lhe mata a sede;
É usar os arreios no lugar da mula.
Freqüentar o templo por temer a dor,
Falar num senhor com intimidade,
Renegando a besta com um nome qualquer;
Afiando a espada da insanidade,
Que degola e mata em nome da fé,
É assim que caminha a humanidade.
Levantando muro que esconde o tesouro,
Avança ligeiro a buscar o futuro,
Com unhas de ferro destruindo a terra,
E o grito de guerra que fala em caveira,
O sorriso triste nos dentes da serra...
Cultivando a planta que não dá madeira.
A moeda fácil que sustenta o vício,
De quem já tem tudo, mas quer muito mais,
A divulgação do que está na moda;
Cheirar numa roda que gira pra trás,
E os cascos da besta vão calando fundo...
Esmagando o mundo e seus ideais.
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