Perguntas.
J. Norinaldo.
Purgam as chagas dos leprosos,
Concitam as moscas ao festim,
Pergunta-se ao alto o porquê,
A resposta: por que tem que ser assim.
Assertiva que é aceita aqui em baixo,
Jamais será aceita por mim.
Busco tais respostas no silencio,
Debato com o vento por dever,
Divergir talvez me faça um herege,
Tornando minha vivenda num frege;
Se do mesmo barro somos feito...
Por que alguns são feitos pra sofrer?
No caminho dessas dúvidas encontrei,
Um sábio no deserto do nirvana,
Perguntei-lhe por que tanta diferença,
Se somos criação do mesmo pai,
Ele mostrou-me apenas sua tigela...
Que era de barro, e não de porcelana.
Continua a purgar a lepra imunda,
Ai daquele que um leproso tocar,
E Lázaro que o Cristo ressuscitou,
Que mensagem para o mundo quis deixar;
Se a lepra até hoje não tem cura...
Então Lázaro leproso continuou?
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