UM FELIZ ANO NOVO
O Rosário do Vinho.
J. Norinaldo.
J. Norinaldo.
O feitiço da taça o rosário do vinho,
Enfastiam a alma enfatuam a matéria,
Sem soberba o cristal seu brilho efetua,
O rosário do vinho que a vida cultua...
Talvegue que aparta o fausto da miséria.
O caminho a estrada, a picada a viela,
Que o artista pincela com rara destreza,
A alcova a esteira o catre ou a rede;
Valorizam a tela não por sua beleza,
Mas sim o castelo e o lugar na parede.
O perfume tão raro com o vento se vai,
A beleza se esvai como a chuva na poeira,
Como a neve tão alva depois vira lama,
O brilho da taça, a alcova, o catre a rede...
Um copo de barro sem brilho sacia a sede.
Na hora do brinde saúda-se a vida,
Em contrapartida se quebram cristais,
A beleza efêmera com o tempo vai,
O rosário do vinho não conta orações...
Cacos da taça no lixo brilham ainda mais.
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