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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010



O Sangue da Terra.
J. Norialdo.


No olhar de cobiça do corvo,
E a premissa no vôo do falcão,
Como a flecha lançado do céu,
Como a sonda que perfura o chão,
Em busca do sangue da terra...
Que traz guerra e poluição.

Como o bote da serpente,
É o dente da serra na mata,
É o ferro que cava na terra,
A procura do ouro e da prata,
E o homem arquiteta seu fim...
Em nome da ganância insensata.

Mas a chuva continua a cair,
E o rio está sempre a correr,
Não sei se fugindo de alguém,
Se pudesse eu fugia também,
Mas não tenho onde me esconder,
Sem saber se me escondo de quem.

Pois o sangue negro da terra,
No fundo do mar se escondeu,
Nem assim escapou da sangria;
Ninguém vê que desta transfusão,
Sobra a guerra e a poluição;
E a terra uma grave anemia.

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