Intolerancia.
J. Norinaldo.
Caminhar sobre escombros e destroços,
Vendo o quadro antes belo destruído,
Vendo sonhos transformados em fumaça,
Sob os turbantes dos mercadores de desgraça;
Ou dos conluios do ser mais evoluído,
Que em cuja mente não tem mais que pão dormido.
Numa luta que parece não ter fim,
Como se a vida fosse parte de um jogo,
E o pano verde é o teatro da guerra;
E as fichas as cimitarras de fogo,
Que cada vez mais destroem a nossa terra...
Tudo em nome de um deus desconhecido.
O amor um sentimento esquecido,
A intolerância ocupando os espaços,
O sorriso é sonegado e escondido,
Só nas lutas aparecem os abraços;
Os jardins servem como esconderijos...
O irmão nega o pão ao irmão falido.
O perdão é negado por suspeita,
E o bordão vai guiando sem sentido,
O abismo vai ficando mais profundo,
O Arquiteto que projetou o mundo...
Tem o Nome vendido no mercado,
Quando não é totalmente esquecido.
Sem comentários:
Enviar um comentário