Verdade ou Poesia?
J. Norinaldo.
Como me dar se não me tenho, não sei quem sou ou de onde venho, certeza só aonde vou parar? Se o elo perdido for achado, e mostrar o que há muito é sabido, o que fazer com o tempo perdido na procura do valioso achado? Se a luz do fim do túnel é a saída, o começo do caminhar da vida, sem escolha ou opção de recuar?
Mudou-se o modo de ceifar o trigo, muda-se a maneira de viver, como a moda muda o modo de vestir, já não é mais deboche se sorrir e a cicuta perdeu o seu valor, o pilar da família desabou, mas o poder continua imperativo, o homem já se mata sem motivo, mas morrer ainda é definitivo.
Se a caverna de Platão é mitológica, qual a lógica de tal mitologia? Se acredito que há vida após a morte e ninguém me explica o que é morte enquanto há vida, ou que a mentira é uma verdade vencida, repetida por mil vezes num discurso.
Quando o poeta escreve o termo justo, na morbidez de um poema de Augusto, execrável para alguns por verdadeiro, punido quiçá com o esquecimento, laureados após seu passamento, com uma placa de bronze e um epitáfio.
1 comentário:
Verdade é que eu gosto muito da sua poesia!
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