Ramas da Discórdia.
J. Norinaldo.
Alastram-se as ramas da discórdia,
Proliferam as plantas carnívoras,
O sistema modifica o seu teor,
As palavras vão perdendo seu sentido;
Não se busca, hoje já se faz amor,
Um brinquedo há muito já esquecido.
Sublimam-se as esfinges das moedas,
E as bolsas acumulam o cabedal,
As montanhas que se sobrepõem as nuvens,
Viram pó pela busca do metal;
Na pureza do mel falsificado...
Quando o bem é vencido pelo mal.
E a vida antes tão valorizada,
Quase nada vale hoje no mercado,
E ai daquele que mudar isto pretende,
Volta a face do cruel inquisidor,
E a fogueira novamente se acende...
Quando o escravo, não é comprado se vende.
De porta em por um convite para o céu
E o campo incha já não cabendo as ovelhas
Em altos brados gritam o Seu nome em vão
Se manipula o que foi dito e não escrito
Maldito seja que não ouve tão sermão
Cada vez mais as moedas brilharão
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