Se Culpado fores.
J. Norinaldo
Ouço os ecos de lamuria em tua prece,
Como chispas de uma língua de adaga,
Que escarra na face que afaga,
E apedreja os anjos de augusto,
Atraindo a si mesmo o nojo justo,
Do desdém que a vida te oferece.
Caminhando com a morte de mão dada,
Consciente que tua prece não diz nada,
Que teu sorriso de escárnio é fingimento;
E que os rastros que deixastes na estrada,
São seguidos por aves de rapina,
Pelos odores de carne estragada.
Insalubres lembranças do passado,
Como mofo das tochas apagadas,
Diz-te santo perante um deus amigo;
Por teus atos aqui na terra praticados,
Até o mar que te acolheu foi poluído,
E com certeza Deus nunca esteve contigo.
3 comentários:
Gostei muito do seu blog
Visite-me
Paola
Amigo que legal o teu texto, gostei muito. Parabéns - estou seguindo você, depois siga-me ok, abraços do ALBERTO ARAÚJO
Palavras milimetricamente colocadas em seus versos traduzem a minha verdade também sobre a nefasta figura. "E com certeza Deus nunca esteva contigo"(com ele). Grande abraço, amigo.
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