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sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Desmatar é Preciso.
J. Norinaldo.

Enquanto o homem afia a sua maldita serra,
O verde se vai da terra e o ar fica rarefeito,
Os desertos proliferam como jardins da insensatez,
Pássaros tornam-se carnívoros modificando o perfeito,
Os rios tornam-se sólidos como o caminho da morte,
A terra vomita fogo de tanto engolir rejeito.

A natureza se dane o progresso não tem volta,
E a fumaça que solta vai asfixiando o mundo,
Cavando cada vez mais fundo em busca de algum tesouro,
Petróleo, urano e ouro ou carvão para aquecer o fogo,
Há mais gado do que gente e de repente um estouro...
E a serra fica sem dentes e o homem sem o seu ouro.

Veja ai nesta imagem que brincadeira engraçada,
Hilário, não fosse triste uma verdade sincera,
Que a lei do consumo impera acabando nossas matas,
E os lideres reunidos só falam em economia,
A vida vai se arrastando como um riacho de lama...
Pois para a mãe natureza não existe isonomia.

Onde se plantava trigo hoje se planta maconha,
A diferença é medonha quando se vende a colheita,
E a receita é a mesma, fazer o que, eu não sei,
Quem pode vai construindo fortalezas pra o futuro,
Quem não pode carregando pedras pra erguer o muro...
Até que os cachorros façam xixi nas pernas do rei.


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