
Poeta e Palhaço.
J. Norinaldo.
Hoje é dia do poeta e nem sei se poeta sou,
Pois falo tanto em amor sem saber se sou amado,
Não sou poeta letrado como um que havia em Lisboa,
Que dizia que o poeta é um grande fingidor;
E eu digo que o poeta faz a dor fingir que é boa,
A razão se faz de atoa na rima do trovador.
Manipulando as palavras entre rosas e espinhos,
Cria seus próprios caminhos as vezes andando a esmo,
Canta o inferno de Dante perante o dono do céu,
As vezes oferece mel e serve fel a si mesmo;
Existem poetas ricos que vivem em grandes mansões,
Assim como existiu Camões existem, os poetas de Cordel.
Todo poeta é feliz, quem não é poeta pensa,
Não chega a se uma crença, mas é quase uma cultura,
Se não houver amargura, dor e muito sofrimento,
Não haverá poesia com o mais puro sentimento;
Quem tem um poeta em si jamais terá paz na vida...
É como uma ferida para a qual não há lenimento.
O poeta não é fingido, pode ser um fingidor,
Que finge que está sorrindo para melindrar a dor,
Como um palhaço triste com seu rosto lambuzado,
Que se finge de molambo com suas calças folgadas;
As vezes chora por dentro, mas o show tem que seguir...
Por quem está na ali... Pagou para dar risadas.
2 comentários:
Confesso que foi é uma das mais bela poesia que li nos últimos meses. Parabéns poeta. um abração neste seu dia.CANÇÃO DO NADA, veja se gosta.
Acredito que sem amargura e sem sofrimento a vida fica simples demais, assim o poeta, não se faz. Feito o poeta é porque experiência houve - poeta, experiência, sabedoria, sentimento. Voce é um poeta. Abraço, amigo.
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