
Procura-me.
J. Norinaldo.
Enxerga-me no teu vidro de perfume,
Sente-me no roçar do teu batom,
Descobre-me na sombra da roseira,
Nos raios de sol pela manha,
Na brisa que acaricia teus cabelos,
No doce perfume da maçã.
Quando uma gota de suor te percorrer,
Não interrompas o seu doce deslizar,
Nos sutis arrepios dos teus pelos,
São meus beijos mais safados procurando,
Como o vento alcoviteiro inconseqüente,
Outros lábios perfumados pra beijar.
Ouve a brisa cochichar-te ao pé do ouvido,
E a flor se abrindo a receber a invasão,
Na tumidez dos teus montes que se erguem,
Nos gemidos que te afloram na garganta;
Nos tremores do teu templo em ebulição,
É o acme do amor que te acalanta.
Lembra-me no teu grito que liberta,
Quando te entregas ao amor sem marasmo,
Procura-me no escuro da noite mais silente,
Nas convulsões quando o teu corpo sedento,
Explode no furor do teu mais doce entusiasmo,
Encontra-me no tremor mais violento...
No momento do teu verdadeiro orgasmo.
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