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domingo, 30 de outubro de 2011


Tristeza do Poço.

J. Norinaldo.

Não posso dizer que estou no fundo do poço, jamais estive, às vezes penso como seria conhecer o fundo do poço que nunca conheci. Sabe por quê? O poço onde me encontro desde que ouvi pela primeira vez falar em felicidade e como ela seria, está sempre cheio, até a boca; de lágrimas, não só as minhas, mas daqueles que param para tentar me consolar, no fim, sentam e choram também. O pior, é que por mais fundo que seja esse poço, por mais que transborde de lágrimas, não consegue saciar a sede da solidão. E ela nunca vem beber sozinha, sempre traz como convidados, a mágoa, a tristeza, a saudade, depois que bebem só por maldade falam sobre: a falta de sorte, a depressão, desilusão e da morte.

Você deve pensar que sou demente, mas a tristeza é um vício e eu sou totalmente dependente. Portanto meu amigo, por favor, nunca experimente. Não deixe cair nenhuma lágrima, lembre-se que isto só contribuirá para manter meu poço mais cheio. Promete?

1 comentário:

moreno disse...

Excelente meu amigo, nunca chegarei no fundo do poço. Sales (Limoeiro)