O Menino e a Rua, o amor e a Lua.
J. Norinaldo.
Hoje a minha é para um Menino de
Rua, Lembra-se daquele: ”O último a dormir apague a Lua”?* Pois hoje quero
apagar uma grande dor que sempre me deixou a alma nua diante da crua realidade,
de ter que proferir a verdade de que também fui um menino de rua. Que a minha
faculdade foi a vida, a qual nunca faltei só por faltar; tentei ser um aluno
exemplar, o exemplo que na própria vida influi, tenho certeza que fui; embora
ainda tendo que provar. Não! Não é bobagem, esta minha homenagem quiçá jamais
chegue a um menino de rua; mesmo aquele que muitas vezes foi da luz o
último apagador, por já não ser tão
menino e já saber, que a lua não se apaga, mas se apaga uma grande dor sofrida.
Não é com um lar um palácio, não é com um diploma de doutor, que pode se usar o
apagador para se apagar a dor que lhe atormenta a vida. Hoje, pensando num
amigo, num abrigo num aconchego em um lar, tive que reconhecer, nada é maior que o
amor e quem nunca sofreu com essa dor,
jamais saberá o quanto é belo, não o luar sobre a torre de um castelo, ou a onda no mar se embalar, um
nascer de sol por trás do monte, ou um vale cheio de borboletas coloridas; Com todas
suas cores preferidas, ou mesmo uma deusa nua, não é mais belo que o amor, mesmo
para quem já tentou apagar, vida muita Lua.
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(Giovani Baffô)
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