Um Velho Jovem.
J. norinaldo
Eu sou um velho jovem, que já
passou dos trinta, que já dobrou a esquina e não é pra voltar. Eu sou um poeta
louco e que pouco a pouco começo a fracassar, quando no meu próprio rito, choro
e acredito no que escrevi. Eu sou um jovem velho, que já brincou com o tempo,
que acreditou que o vento me traria de volta, assim com um paraquedas quando a
fita solta. Eu sou um jovem louco, mas que pouco a pouco gosto da loucura, porque que a brandura do mar,
monótona se torna mesmo a quem retorna há tempos o lar. Eu sou um louco velho
que o tempo não esquece, mas velho que a teia que aranha tece, mas velho que a
prece que a humanidade resmunga, mas que não comunga com que nela acontece. Eu
sou um velho, velho, que já viu de tudo, mas hoje estou mudo, pois ninguém me
escuta, eu estou tão velho que assisti ao brinde de Sócrates com cicuta; e por
estar tão velho não pude discernir, se o que ele disse foi mesmo: Não há aos
homens de bem, outro caminho senão me seguir. Não quero mentir, mas na explosão do Big Bang
eu esta lá e por até hoje ainda sou meio surdo, eu sei quase tudo, mas ninguém me
escuta, e velho e louco pensar nem um pouco que ainda vale Vale a pena, brindar
com cicuta
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