Grande
é o mar, o Barco é grande para Mim.
J.
Norinaldo.
Entrei
no mar um menino, num barco grande demais, aprendi decifrar ondas, estrelas
ventos vendavais, sai um menino velho, e
ai vi que grande mesmo era o mar meu barco não era mais. Com tudo que aprendi
com os faróis e a procela, fazendo da vida uma tela onde a tinta está sempre
fresca e brilhante e o céu a todo instante mostra faróis aos milhões. Hoje em
barcos de brinquedo recordo o mar
bravio, com um corcel no cio tendo por cerca o rochedo, hoje já não sinto medo
só saudade sem chorar, sinto saudades do medo que tanto passei no mar. Só quem
viu pode contar seu barco numa procela, o vento rasgando a vela roncando como
um gigante, o mastro bamboleante como um bêbedo sem rumo como uma folha ao vento como a coragem de um louco a desafiar Netuno.
Só quem viu pode contar, quem já enfrentou o mar e com ele aprendeu, que por
maior e mais forte, quem conhece bem seu norte chega onde pretendeu. Nem com
todos isto e é certo, muitos perecem por lá; mas quem já foi Fuzileiro, não
troca o paraíso inteiro pelo balanço do mar.
1 comentário:
Parabéns pelos textos. Gosto muito de falar do tempo, que segundo o Eclesíastes, existe pra tudo!!!!!!!!!!!!!!
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