Ah! Como é Bom Navegar.
J. Norinaldo.
Minha singela homenagem a algo que um dia para mim foi grande belo e hoje já não é mais. ADEUS AMIGO NAEL MINAS GERAIS.
Ah! Como é bom ser navegante, a noite em alto
mar, no vai e vem das ondas ver o céu pirilampado de belas estrelas brilhantes,
como Odaliscas dançantes num salão azul distante para o seu rico senhor. E a
lua prateada como um Rajá contente, faz com que o navegante esqueça a saudade
do continente. Ah! Como foi bom ser
navegante, mesmo enfrentando a procela, ter visto a mais bela tela pintado pelo
Criador, que me outorgou esta
sensibilidade para, hoje ver num simples grão de areia uma bela pérola rara. Ah! Como é
gostoso contar o que vi em alto mar nas noites de calmaria, pensando em velhos
amores vendo peixes voadores como estrelas a nos seguir. Ah! Como é belo o azul
marinho onde o mar é mais profundo, como é bela a imensidão quando o mar está sereno e me faz ver quão pequeno
que nem sequer me comparo aquele grão de areia que pode produzir algo tão belo
e raro. Ah! Como foi bom navegar, e hoje ao caminha solitário a beira mar
sentir nos pés a delícia que simples carícia de uma onda mansa a me afagar. Ah!
Como é bom relembrar, mesmo os momentos de medo quando o mar furioso se atira
contra o rochedo como o troar do canhão, daqui a pouco é maré cheia, e eu
insignificante como um simples grão de areia diante do universo, que tento por
fantasia encaixar o mar que conheço numa simples poesia. Mas como tudo na vida
para sempre não existe, hoje me sinto mais triste por já não mais navegar; e
ver o barco que a gente ama, abandonado na lama, sem areia e nem ondas que
possam lhe balançar. balançar
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