Depois do Espelho.
J. Norinaldo.
Quando um dia você estiver sozinho sentado num tronco morto
a beira mar, vendo as ondas valsando ao som da brisa, e ao longe o por do sol
no mar refletido as belas cores do arrebol, baixar a cabeça e senta nos pés
descalços a carícia despretensiosa da mansa onda, como a renda da onda maior a
valsar, e mesmo assim se perguntar se vale a pena viver? Lembre-se que pena é
dó, é sofrimento veja no alto a gaivota que busca o seu alimento sem a presunção que seu voo seja belo, tente
pensar no pequeno peixe que tenta escapar do seu predador se encanta como a
beleza do voo será só uma vez; Imagine se vale a pena viver ou morrer por que
alguém lhe deixou, apenas porque você se encantou com seu belo voo; que jamais
retornou? Você não está pisando o vestido da onda, ela faz questão de lhe
tocar, quiçá para lhe dizer que haja o que houver, vale a pela viver. Imagine o
tamanho do mar, quanta imensidão, coloque o dedo sobre a onda que te acaricia
os pés e prove o sabor e pense que tanta grandeza, tanta fartura, poderá ser, o teu
predado por falta de água para beber. Depois do Espelho existe outro mundo, que
parece ser o mesmo que todo mundo ver, mas não é; a alguém foi dado o dom de
conhecer este mundo que parece apenas um reflexo, mas no fundo é bem mais
complexo; não é um mundo de faz de conta, é um mundo de ideias e imaginação,
todos os poetas o conhecem e o usam como inspiração principalmente na dor e na
solidão. Nem sempre você vê no espelho, tudo que ele tanta mostrar, porque te
interessa ver somente o vai te agradar. Em fim, como eu queria ser assim
Sem comentários:
Enviar um comentário