Chuva Fria, vida Vazia.
J.Norinaldo.
A luta dos pingos da chuva para tocarem teu rosto através da
vidraça, não difere em nada do meu desespero de tocar teus lábios, e deles
ouvir um “eu te Mamo”. Quantas noites perdidas em devaneio, ao pensar na
brancura do teu seu, deste colo tão encantador, que nenhum pintor se atreveria,
atentar com pincel e aquarela, desenha a
poesia mais bela, que a chuva ora tenta tocar. Imagina um pingo a deslizar,
entre as montanhas dos teus seios e como meu sonho numa carícia descer
lentamente sem malicia, até a fonte do prazer. A chuva não deia a vidraça, mas
eu odeio a desgraça de não poder te ter; e saber que neste mundo existe, alguém que te deixa
triste como agora na chuva fira ao relento posso ver. Como pode a vida ser tão malvada
com alguém, que sonha com aquele que quer e não tem, enquanto nós num mundo
totalmente vazio, tremendo de ódio da desgraça, tivemos vejo assim chorando
através da vidraça e saber não é por mim. Em fim, chuva, frio tristeza e
desabrigo, os pingos querendo apenas toques amenos e amigos, enquanto no me
canto triste e frio, ardo com fogo de desejo, não apenas pelo beijo, mas para
seguir a aquele pingo que escorreu, daria tudo na vida para ter todo ouro que na terra possa ter, daria para
transformar teu choro em gemidos de puro
prazer
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