O Rio a Estrada e a Vida.
José Norinaldo Tavares.
O Rio é uma estrada que caminha.
Enquanto eu caminho na estrada.
O Rio caminha para o mar.
Enquanto eu caminho para o nada.
Os pés feridos pelas pedras do caminho.
Sandálias rotas tristes marcas pelo chão.
Na tristeza até a dor é solidária.
Os gemidos afastam a solidão.
O Rio a estrada e o ruído dos meus passos.
Quando não houver mais marcas na estrada.
Foi o vento que apagou minhas pegadas.
A solidão não me carregou nos braços.
No fim deste caminho de tormentos.
Enfim a solidão me deixa só.
E como o rio que deixa de ser rio e vira mar.
Eu deixarei de caminhar pra virar pó.
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