O TROFÉU
J. Norinaldo
Guerra corpo a corpo não há regras.
Há rendição, há explosão há entregas,
Lanças, espadas punhais.
Não há bandeiras nem hinos,
Só o explodir de canhões,
E o badalar de sinos.
E os teus gemidos teus ais.
É tão profundo o teu prazer.
Que só consegues dizer,
Mais, mais e mais.
Entre duas colunas divinais.
O átrio em forma de lábios verticais.
Não teme o aríete que avança.
Aconchega a enorme lança com ardor.
Que recua e avança sem pudor.
Até que num grito lancinante.
A fortaleza radiante anuncia a rendição.
Há um reboliço em todo teatro de guerra.
Que põe por terra toda sua ebulição.
É a lava incandescente do amor.
Incendeiam-se mil archotes de paixão.
Ah! Enfim a guerra é vencida.
E como de um cavalo de tróia.
Milhões de guerreiros dão partida.
Na mais desenfreada corrida
Em busca do troféu que é a vida.
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