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domingo, 27 de setembro de 2009



Narciso.
J. Norinaldo.

Quem sou eu? Não sei, nunca soube,
Se sabes, então digas a verdade,
Enganar-me não ajudará em nada,
Se apenas vês minha imagem no espelho,
Segue teu caminho em silencio,
Que buscarei a resposta noutra estrada.

Reflitas na pergunta e na resposta,
Ou na precipitação em responder,
Antes de dizer que me conheces,
Terás antes que te conhecer,
Depois que as palavras forem ditas...
Pouco importa que venhas a te arrepender.

O pouco que sei de mim vem do espelho,
Por isto, digo que não sei ainda quem sou,
O espelho mostra aquilo que quero ver,
Enquanto não souber quem sou eu mesmo,
Não perguntarei jamais quem é você...
Por que seria divagar no mundo a esmo.

Saí enfim da frente do espelho indeciso,
Subi a montanha meditei sobre a verdade,
Busquei no silencio a resposta que preciso,
Mas ao beber água num lago sereno...
Novamente o velho espelho apareceu,
E respondeu quem sou: um seguidor de Narciso


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