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quarta-feira, 16 de setembro de 2009



Revolta.
J. Norinaldo.

Do holocausto a diáspora, o decreto de Alhambra,
Dos pergaminhos de outrora aos alfarrábios de agora,
Das rodas de orações as ondas hertzianas,
Dos palavrórios dos sábios a ascensão das vogais,
Tudo que consta nos anais fruto da própria história...
O homem falsificou a assinatura de Deus.

Falou em seu santo nome foi deus em sua ausência,
Esqueceu a onipresença que alguém lhe ensinou,
Mandou que eu amasse o próximo assim como Deus amou,
Que dividisse meu pão mesmo o que o diabo amassou,
E me prometeu o céu sem deter procuração...
Me seduziu me enganou em nome do criador.

Criou bezerros de ouro à adoração incauta,
Aproveitou as cruzadas para encher os alforjes,
Apostou na impunidade e até hoje se deu bem,
Se o julgamento final é criação sua também,
O inferno é aqui mesmo pra aqueles que não tem nada...
Do outro lado há o céu para aqueles que muito tem.

Criador e criatura disputam espaço na mídia,
A criatura perfídia que desencadeia o caos,
Seus tentáculos potentes inflados pelo deus ego,
Que prega o desapego à fortuna que o trabalho trará,
Enquanto acumula ouro no subterrâneo do templo...
Os pobres gritam amém: Deus é meu Pastor, e nada me faltará.



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