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quarta-feira, 10 de março de 2010


Bocas Famintas.
J. Norinaldo.

O mundo abarrota-se de bocas famintas,
De carne macia ao mercado da noite,
A matilha se esbalda em farto festim;
Em quem a vida nega a felicidade,
A quem veste de trapo sem vaidade...
E noite se esfrega em colcha de cetim.

Cada vez mais cedo assumem as esquinas,
As pobres meninas que a menina pariu,
Que se formam velhas no ventre inocente,
E o mundo impotente não vê ou não viu;
A mãe leva à filha a noite pro vício...
Ensinando o ofício que nem aprendeu.

Tem quem pague mais pela inexperiência,
Quanto mais inocência a libido é melhor,
Em cada esquina histórias distintas,
A cada estação a matilha é maior,
E a mãe natureza acolhendo os frutos...
É o mundo se enchendo com mais bocas famintas.

2 comentários:

lua malukinha disse...

Você está de parabéns Poeta Nori,esta poesia retrata a mais cruel realidade da vida..
Onde nossas crianças são colocadas
na rua tão cedo,gerando vidas..
São crianças com crianças no colo..
Com isso mais uma nova geração sendo colocada no mundo sem Amor...
Bjinhuss com carinho..
''Lene'' Lua Malukinha..

lua malukinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.