
Carnaval da Vida.
J. Norinaldo.
A vida não passa de um carnaval,
Onde cada qual faz a sua fantasia,
Não escolhe o lugar onde ser folião,
Desconhece o tempo que dura a folia;
Inexiste exigência ao tipo de máscara,
Certeza somente que se acaba um dia.
Existem os salões com fausto e com brilho,
E os blocos de sujos que imitam o real,
Duendes e fadas que alguma mente pariu,
Canções animadas que falam de amor;
Relíquias guardadas de algum compositor,
Que já foi folião, mas também já partiu.
Lágrimas pintadas no rosto que esconde,
As mágoas do bloco que não escolheu,
Na gordura do rei a fartura da corte,
Em cada estandarte o brasão de uma casta;
Duendes e fadas nobres e fariseu...
Mesmo o bloco parado do fim não se afasta.
Com manto de nobre ou com a cara pintada,
Não há outra estrada nem uma outra folia,
No salão brilhante ou na rua enfeitada,
Nos versos rimados de uma poesia;
Somente no fim se descobre que no enredo...
Não existe segredo, tudo foi palhaçada.
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