
Como Bolha de Sabão.
J. Norinaldo.
Quem fala de amor sem amizade e paixão,
Cultiva um jardim de erva daninha,
Tem um discurso, mas sem ter convicção,
Como quem corre sem saber aonde vai;
Voando alto numa bolha de sabão,
Que o vento estoura e dificilmente cai.
Só o amor constrói a ponte mais antiga,
Que interliga duas almas por inteiro,
Duas metades que nasceram separadas,
Bem assim como a manteiga e o pão,
Como o toque da maçaneta e a mão...
Como o beijo da caneta no tinteiro.
Quem desconhece a plenitude do amor,
Não saberá nessa vida o que é candura,
Viverá simplesmente por viver,
Morrendo enquanto vive sem saber...
Que a vida simplesmente o atura,
E como a erva daninha, deixa crescer.
Quem não fala, mas sente o amor puro,
Não constrói muro que desune e que separa,
É um jardim com belas flores perfumadas,
Que ornam e deixa a paisagem colorida;
Como o cordão que junta as perolas do colar...
Para enfeitar, o colo da própria vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário