A Vida.
J. Norinaldo.
Um orgasmo o ápice do
prazer carnal,
É o marco zero que
limita a existência,
Como uma propaganda
fútil enganosa,
Que confunde até a
própria consciência,
Como se tudo fosse
igual a um mar de rosa...
E não houvesse,
sacrifício e penitencia.
Seria bom como pensou
o poeta,
Se partir do marco
zero para baixo,
Contrariar de certa
forma o Criador,
Percorrendo o inverso
caminho do riacho
Até a hora de deixar
o universo...
Com um banho morno no
mais belo ato de amor.
Cada primavera
perfumada pelas flores,
É uma conta do
rosário que se vai,
E o caminho vai
ficando mais estreito,
Até que um dia como
um fruto que cai,
Um galho seco que só
serve pra graveto;
Nos despedimos pra
prestar contas ao Pai.
Na verdade ninguém
fica pra semente,
E ninguém parte
demonstrando entusiasmo,
Muitos não sabem e
nem conhecem o marco zero,
E as primaveras só
serviram como marcas;
Como estacas que
delimitam a longevidade,
Imaginem a
felicidade, a vida terminar com um orgasmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário