As Vezes.
J. Norinaldo.
Às vezes ser poeta me maltrata,
ao escrever com lágrimas uma poesia, falando de alguém que não conheço, mas
estremeço ao pensar que meu semelhante é capaz de tamanha covardia. Este
monstro a quem abomino o nome que gerou esta mórbida história sofrida que
atirou friamente em Vitória, que escudou seus alunos com a própria vida. Às
vezes ser poeta me maltrata, pois o poeta retrata a maldade por inteira e ver
com os olhos da alma, não só a rosa, mas os espinhos e a roseira. Com estas
singelas linhas não busco fama nem glória, mas te ofereço Vitória do fundo do
coração, com a minha indignação por este ato nefando, por Deus não sei até
quando, para escrever e chorar.
Vitória, de longe eu te ofereço a
minha singela prosa e um pedido sincero, que alguém no cemitério por mim te
atire uma rosa.
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