Quando Escrevo.
J. Norinaldo.
Quando escrevo sinto o cheiro das palavras e a
fumaça do trem me faz tossir, as
lágrimas começam a cair manchando o poema que ora escrevo. Quando penso nos
beijos que não te dei, sinto o gosto do batom que não usavas, quando escrevo
tento que as palavras mintam, como se dissestes que me amavas. Quando escrevo
transformo o dia em noite, só para ver em teus olhos a luz da lua, fechos os
olhos e sinto-te em meus braços nua. Quando escrevo e descrevo com paixão, meu
coração a disparar naquele banco, minha vida é como uma folha de papel em
branco, até o trem encostar na estação. Oferece-te este poema manchado, pelas
lágrimas desse louco apaixonado que ainda vai toda tarde à estação, mesmo que o
trem seja só recordação, e este amor uma loucura do passado.
1 comentário:
Que lindíssimo poema! Amei!
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