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domingo, 9 de dezembro de 2012




Quando Escrevo.
J. Norinaldo.


Quando  escrevo sinto o cheiro das palavras e a fumaça do trem me faz tossir,  as lágrimas começam a cair manchando o poema que ora escrevo. Quando penso nos beijos que não te dei, sinto o gosto do batom que não usavas, quando escrevo tento que as palavras mintam, como se dissestes que me amavas. Quando escrevo transformo o dia em noite, só para ver em teus olhos a luz da lua, fechos os olhos e sinto-te em meus braços nua. Quando escrevo e descrevo com paixão, meu coração a disparar naquele banco, minha vida é como uma folha de papel em branco, até o trem encostar na estação. Oferece-te este poema manchado, pelas lágrimas desse louco apaixonado que ainda vai toda tarde à estação, mesmo que o trem seja só recordação, e este amor uma loucura do passado.

1 comentário:

Maristela disse...

Que lindíssimo poema! Amei!