A Lenha do Bosque.
J. Norinaldo.
Quantas vezes já passai por um
lugar assim tão lindo, sem nada ver a não ser o chão, pensando em chegar a um
lugar feio, para pagar ou receber algum tostão; e quando via, via tudo feio e
torto, por não no bolso um pequeno círculo de metal com o retrato de algum
tirano morto, que pudesse suprir minha precisão. Desde que usaram o sal como
moeda, a nossa queda progrediu sem regressão, não sei quem pagou o primeiro
salário por oficio, nascia ali o primeiro salafrário que também tem a palavra sal no seu início.
Quanta beleza tem a vida, que na
corrida a gente passa sem notar, na corrida pela nota e o tostão, que no fim
quando só restar o chão, de nada irá nos adiantar. Só o poeta que jamais foi
mercenário, sem salário e sem retrato na moeda, consegue ver e cantar toda a
beleza do cenário que na natureza para sempre permanece, enquanto o tirano que
tem a face cunhada na moeda e que nela escorrega e na queda perece.
Quando passares por um lugar
assim, esqueças qualquer tipo de dilema, lembre-se deste meu simples poema, e
aproveita para pensar também em mim; afinal não custa nem uma moeda em fim...
2 comentários:
Áh! se tudo o que se pensa um dia pudéssemos escrever,livros, novelas...quantas dariam então.
Teus trabalhos são a expressão mais pura do real ou imaginário..pois para screver devemos nos envolver de forças desconhecidas de nós mesmos.São lindos despertam bons sentimentos e nos fazem refletir cá com nossos botões! Parabéns ,sucesso...sempre!
Nós que gostamos de escrever temos que ir sempre alimentando a fonte. É uma fonte que Jorra do "Divino" no nosso pensamento e vai escorrendo por entre as letras,frases,palavras que vão se aglutinando para expressar o que estamos sentindo em dado momento.
É assim comigo, Norinaldo...o pensamento brota d'alma.Lindos teus trabalhos .....gosto muito !Conserve essa vertente...não deixe-a secar! Armanda
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