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quarta-feira, 22 de maio de 2013




A Minha Dor.
J. Norinaldo.


Não! Não importa o quanto dói a minha dor, o importante é que as flores continuam se abrindo, e a primavera vem vindo, assim como o sol da manhã. Não, não importa o quanto dói a minha dor, se os meus gemidos não ultrapassam as paredes do meu nada, ninguém sabe nem que existo. Triste? Não, em fim as flores continuam se abrindo, a primavera está vindo e o teu amor é o que importa. Afinal, o que importa a dor de quem sequer nada fez para ser visto, se os meus gemidos não ultrapassam as paredes do meu nada, nem sabem que eu existo; esqueces a minha dor, volta a sorrir, pois a primavera está ai, e olha como é belo ver uma rosa se abrir.
Não! Não importa o quanto dói a minha dor que tem teu nome, sabes até me sinto agradecido, pois esta dor que provoca o meu gemido afasta por instantes a solidão que me consome, e mesmo sentindo tanta dor, não deixo de admirar a beleza de uma flor se abrindo, ou furor que estás sentindo ao pensar em teu amor, ah! Como são belos estes sentimentos, mas por Deus, precisavas conhecer um pouco os meus; não sei se descobrisses que és meu grande amor, só por isto aliviaria talvez um pouco a minha dor. Quem sabe...

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