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quarta-feira, 15 de maio de 2013




Meu Direito de Sonhar.
J. Norinaldo.


Quando a vida me negar o direito a ter sonhos, com certeza já terei sonhado tudo que queria, já terei vivido tudo que devia e estarei pronto pra partida, levarei rosas vivas em botões, com cuidado para que meu fardo não as esmague, tentarei deixar marcas no caminho, profundas para que o vento não apague. Quando a vida for apenas mais um sonho, ou parte de um sonho de outra vida, ou quando o meu sonho for desfeito, quero somente na despedida, protestar contra a vida por no fim ter me negado esse direito; e só descobrir quando já no caminho estiver longe, muito longe lá do ponto de partida, vir saber que tudo não passa de um sonho, inclusive a própria vida. Sonhar é tão lindo e mais ainda quem belos sonhos têm, será que eu existo mesmo, ou sou parte do sonho de alguém? Afinal o sonho é o direito mais supremo que se tem, podem me proibir de fazer tudo, menos que eu sonhe com alguém. Já fui príncipe, já fui sapo e já fui rei, a vida pode me negar o direito de sonhar, mas aquilo que sonhei... Jamais lhe devolverei.


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