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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014



A  distancia.
J. Norinaldo.


Decidi me afastar de tudo que me machuca, chega de dor, de gemidos e tanta queixa, já me afastei do sol, da lua e da luz, pois de outro jeito minha sombra não me deixa; resolvi andar no meio do caminho, para não ver a flor eu nasce no aceiro, sentir o cheiro do fruto que madurou, deixar meus rastros sem as marcas do grilhões; seguir sozinho deixando meus pensamentos serem levados pelos ventos dos senões. Estou decidido a sofrer sempre calado só do cajado ainda não me afastei, nem dispensei a minha sorte tão tacanha, que indiferente assim como a minha sombra, se afasta sempre ao ver a sombra da montanha. Decidi não levar nada comigo, único bem que quero   é o pensamento e a saudade, que na verdade não passam de fantasia, aceito, o pensamento, a saudade mas sem palpite, quando  num rasgo de bondade a dor permite, que eu escreva no chão uma poesia. Já descobri que o meu caso é loucura, não tem cura e que estou caminhando a esmo, pois posso me afastar de tudo em fim, mas não consigo me afastar de mim mesmo.

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