O Meu Poema e a Terra.
J. Norinaldo.
O meu poema começa a esmorecer diante do descaso pela história do poeta e do
Parnaso e pela falta do amor a ser cantado, meu poema está cansado de mentir ou
de omitir, a verdade verdadeira, que a primavera existe e é passageira de uma
nave que gira em torno de si. O meu poema já não fala como antes, de amantes
que amavam o romantismo, hoje relegado ao descaso como uma rosa de um vaso que
o tempo desbotou. O meu poema capenga pela estrada, buscando o nada aonde o
nada deixou, como uma folha morta do outono, dançando ao sabor do vento, ou o
pensamento que é escravo do seu dono. O meu poema esmorece a Cada dia como o
remanso enquanto o rio se esvazia, como uma flor que flutuava nesse rio, como
um barco navegando no vazio, em busca do farol da poesia. O meu poema que
falava de quimera, e da primavera a mais bela estação da beleza e do perfume
que há em si, mas que o outono o inverno e o verão, são necessário para poder existir, a nave que gira em torno
de si.
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