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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014



O Meu Poema e a Terra.
J. Norinaldo.



O meu poema começa a esmorecer  diante do descaso pela história do poeta e do Parnaso e pela falta do amor a ser cantado, meu poema está cansado de mentir ou de omitir, a verdade verdadeira, que a primavera existe e é passageira de uma nave que gira em torno de si. O meu poema já não fala como antes, de amantes que amavam o romantismo, hoje relegado ao descaso como uma rosa de um vaso que o tempo desbotou. O meu poema capenga pela estrada, buscando o nada aonde o nada deixou, como uma folha morta do outono, dançando ao sabor do vento, ou o pensamento que é escravo do seu dono. O meu poema esmorece a Cada dia como o remanso enquanto o rio se esvazia, como uma flor que flutuava nesse rio, como um barco navegando no vazio, em busca do farol da poesia. O meu poema que falava de quimera, e da primavera a mais bela estação da beleza e do perfume que há em si, mas que o outono o inverno e o verão, são necessário  para poder existir, a nave que gira em torno de si.

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