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sexta-feira, 10 de julho de 2009


Quanto Tempo.
J. Norinaldo

Lembra da nossa colina verde, a velha árvore solitária que emprestava seu galho pra nos servir de balanço? Lembras como parecia longe? E como a achávamos alta? Estive um dia lá novamente, já não parecia tão distante, meus passos são bem mais largos, e nem tão alta. Mas a surpresa maior foi de longe ver uma corda com um pneu pendurado. Só podia estar sonhando, não podia ser nosso balanço, mas era no mesmo lugar. Sim, só podia ser um lindo sonho, até por que bem ao lado do balanço surge de repente a ponta de um arco íris, com suas cores lindas contrastando com o azul do céu. Sigo com o olhar o arco-íris e lembro da tiara que usavas a ultima vez que te vi, não me vistes, nem podias, estavas pálida, diferente, mesmo assim pensei ver em teus lábios um sorriso, tua palidez contrastava com as rosas que enfeitavam e perfumavam teu caixão.
Sabes, hoje voltei à colina, e novamente ela está muito distante, continua verdejante e não sei se é loucura, mas novamente vi o balanço e o arco íris, de longe, pois já não consigo mais subir essa montanha.
Quanto tempo meu amor, quanto tempo ainda terei que suportar esta dor?

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