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terça-feira, 28 de julho de 2009


Riacho Doce.
J. Norinaldo.

Os cílios da mata circundam o riacho,
Que corre cerro abaixo tranqüilo e sereno,
O rio pequeno, que em grande se transforma,
E mais tarde forma o grande oceano,
A água que corre espalhando a vida,
E às vezes tem um destino tirano.

O tesouro líquido que a terra nos dá,
Sem nada cobrar e que o homem polui,
O que seria do petróleo sem água nos rios?
O combustível da vida de supremo valor,
O oxigênio que as matas processam,
O óleo envenena com tanto vapor.

A ciência buscada pelos alquimistas,
Hoje cientistas que infestam a terra,
Usam a inteligência em busca de ouro,
Sofisticando a morte com armas de guerra.
Se o homem é realmente a imagem de Deus...
Fica então provado que essa imagem erra.

Em busca de lucros envenenam a mesa,
Relegam o amor e a fraternidade,
A pedra deixada para ser o exemplo,
Transformou-se em ouro na parede do templo,
Hoje o céu é vendido com facilidade,
E valores trocados por futilidade.

As flores não são mais símbolos de amor,
Enfeitam a morte por simples formalidade,
De algumas se extrai o prazer almejado,
No vício que se alastra pela humanidade,
E o riacho correndo poluido e sereno...
E o homem morrendo de sede ao seu lado.





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