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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009


Boneca de Pano.
J. Norinaldo.


Boneca de pano boneca de trapo,
Antigo farrapo com que brincou minha mãe,
Feitas a mão com cabelos de tiras,
Que meninas pobres ganhavam em natais,
Brinquedo inocente ou antigas mentiras...
Inocência e bonecas de pano não existem mais.

Hoje existem meninas com bonecas com vida,
Que nem esqueceram as canções de ninar,
São as mães de colo ninadas pelo silencio,
Embaladas em baladas que o avanço criou,
Bonecas de pano já não são nem lembrança...
De que nem ser criança o mundo deixou.

Hoje sinto saudades das bonecas de pano,
Das meninas brincando a luz do luar,
Da valsa nos bailes de debutantes,
Quem viu, viu, quem não viu não ver mais,
Meninas cantando alegre no pastoril,
Hoje são vistas em postos de saúde gestantes.

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