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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Na Vidraça.
J. Norinaldo.


Se a nuvem trás com o vento a chuva fria,
Se junto vem a nostalgia de um momento,
A chuva chove, o vento sopra depois passa,
A nostalgia pode evaporar-se ao vento...
Como a chuva que é barrada na vidraça.

A chuva, o vento a solidão a noite fria,
A cama vazia e o peito cheio de dor,
E a saudade como um doce acalanto,
Na esperança que canta lá fora o vento,
Que tenta em vão acalmar o triste pranto.

Se a chuva trouxe a nostalgia de outro canto,
Deixou o vazio que o vento frio não trouxe,
A chuva volta, o vento sopra o tempo passa,
Na cama fria rola a lágrima mais dorida...
De quem passa a chuva vendo a vida na vidraça.

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