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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Tanto Desprezo.
J. Norinaldo.

Fere-me com a cimitarra mais afiada,
Joga-me na lava incandescente,
Reserva-me a mais fria masmorra,
Atira-me no poço mais profundo,
Mesmo eu sendo um inocente,
Tira-me a vida, nega-me o mundo.

Atira-me aos lobos famintos,
Tira-me dos olhos a visão,
Empunhas o florete com raiva,
E transpassa-me o coração,
Entrega-me aos vermes nojentos...
Sem nenhuma compaixão.

Garanto ser feliz numa masmorra,
Minha alma suportaria este peso,
É preferível a ter toda liberdade,
E no coração apenas a vontade,
Sem pode viver a felicidade...
De jamais sentir tanto desprezo.

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