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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Insônia.
J. Norinaldo.


São seis horas da manhã,
Já contei todos os carneiros que podia,
Os pássaros já cantam em minha janela,
Velei a noite para enfrentar o dia,
A insônia também é uma mulher,
Que ninguém jamais se apaixonaria.

Uma noite em que me venceu o cansaço,
Sonhei com um lago refletindo a luz da lua,
Entre cisnes que nadavam ao teu redor,
A flor de lótus implorava teu perfume,
E o meu ciúme por te ver nadando nua,
Acordei quase afogado em meu suor.

Agora são três horas da manhã,
Fecho os olhos e só vejo a escuridão,
Tento dormir para em sonhos viver,
Mas a dor que vive em meu coração,
E o relógio na parede parecem dizer...
Só Deus sabe se ela vai voltar ou não.

A insônia que persegue minhas noites,
Impedindo-me até mesmo de sonhar,
E acordado esse pesadelo medonho,
A loucura pouco a pouco me consome,
Até que esqueça o meu próprio nome...
E que seja para mim mesmo um estranho.

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