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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Lua Nua
J. Norinaldo.

A lua atravessa a vidraça da minha janela,
E nua prateia na cama teu lugar já frio,
Como a tentar trazer algum consolo,
A este poeta tolo em noites de cio,
Cujo coração bate num peito vazio.

Lembras quando ao meu lado rolavas nua?
E era com a lua que eu te comparava.
A alvura da pele macia que resplandecia,
Na penumbra do quarto como uma luz própria,
Uma tocha flamante que de paixão ardia.

E o travesseiro ora prateado pela luz da lua,
Parece que o dossel da colcha são teus cabelos,
E o coração cor de rosa bordado com tanto carinho,
Com dois bastidores que lembravam nossas alianças...
Que a lua clareia e enche-me a alma de esperanças.

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