A Ponte e o amor.
J. Norinaldo.
A ponte ruiu nos separou, só nos
une o pensamento e o coração, o barquinho que fazia a travessia era de papel e
fantasia, veio um vento forte e afundou. A falta dos teus olhos me perturba e a
incerteza do que sentes sem os meus, faz meu coração bater mais forte, viver
como um barco sem um norte, pedindo uma nova ponte a Deus. Ah! Quando muros
demoliria se pudesse, e construiria uma ponte bem mais forte, viver esta
separação destrói aos poucos meu coração, me faz perder o tino e a calma, vai
demolindo a minha alma, como a ponte foi demolida, perdi o sentido da razão;
não há que me acalante. Vejo a outra
margem tão distante, assim como a linha
do horizonte procuro, procuro e não te vejo, cada vez mais aumenta o meu desejo
de me tornar navegador; mas tanto tempo já passou, e quantas voltas esse mundo já
deu, quiçá outro alguém ai surgiu, e você já me esqueceu. Dizem que nada é por
acaso esse foi justamente esse o caso que nos aconteceu, ponte foi o vaso que
quebrou e o nosso amor foi a rosa que morreu. Poucos são os amores infinitos,
quem sabe não foi o caso do nosso amor, que em vez de amor era apenas poesia,
assim como o barquinho de papel, que o vento afundou, por ser apenas fantasia.
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