Mente de Poeta.
J. Norinaldo.
Encontrei uma escada carcomida
pelo tempo, tão curtida pelo vento já tomada pelo mato, àqueles que por ela
subiram Deste plano já sumiram restando apenas saudade. O que terá lá em cima
além de musgo e tapera pergunto o que antes era e quem por ali viveu, se amou
se foi feliz, ou infeliz e sofreu, só a escada restou e não fui eu quem a fiz.
Nunca fiz uma estrada sempre andei na que outro fez; já subi muitas escadas,
carcomidas, atapetadas, floridas abandonadas, esta será a da vez, vou ver o que
há lá em cima e te falarei depois desta verdadeira obra prima, cada degrau é
uma rima que a natureza compôs. De lá vejo bem mais longe a linha do horizonte,
vejo a corcunda do monte um camelo solitário, antes não via decerto, o camelo
sem deserto neste tão lindo cenário. Quem subiu e quem desceu por esta escada
hoje tão triste, será que ainda existe alguém que esta escada quando nova
conheceu, a mente mais inquieta é por certo a do poeta porque tudo quer saber;
sente saudade até de quem não conheceu, por exemplo agora chora, por alguém por
alguém que aqui viveu.
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