Minhas queiras, minhas Dores
minha Cura.
J. Norinaldo.
Se as minhas noites perdidas jamais
serão recuperadas, para que iria querer mais noites para mais sofrimentos como em noites passadas?
Se meus dias sombrios mesmo com o sol a pino, se a tristeza trilhou com
capricho meu triste destino, e não me deixa ver a beleza das flores, por que
tantas dores tem lugar cativo dentro do meu peito? Meu caminho é escuro e cheio
de fantasmas coberto de miasmas, e pelos aceiros fétidos pântanos como o limbo
terreno; se o meu mundo é pequeno, meu pensar sórdido e mesquinho, se vivo
sozinho sem saber sorrir. O que queria mesmo era não haver noite nem dia, nem
sol nem lua ou estrelas, ou um futuro o porvir, na verdade queria mesmo era não
queria estar aqui. Mas estou, e vejo tanta gente feliz, tanta gente sorrindo,
buscando caminhos diferentes do meu; plantando uma árvore cuja sombra ou fruto
virá muito tempo depois, quiçá quando nem mais existir. Estarei somente eu
nessa estrada tão triste a caminho de que? Somente eu terei insônias
constantes, e quando consigo dormir pesadelos terríveis e horripilantes? Por
quê? Esta pergunta venho-me fazendo desde que aprendi perguntar, só que sempre
perguntei a mim mesmo, nunca para pensar, para olhar para trás e ver se alguém
me seguia também procurando se encontrar; Nunca aproveitei a sombra da árvore
que alguém plantou, para conversar com o Criador e com certeza ele me diria:
ninguém nasce um sofredor, porém existem escolhas; e você escolheu ser um
perdedor. Na verdade, é isto que sou. Hoje caso não durma não lutarei conta à
insônia a aproveitarei para refletir sem vergonha ou cerimônia na minha
covardia, e ao amanhecer ouvindo o canto dos passarinhos, com os raios do sol
batendo em minha janela, sinta que a vida é na verdade a mais bela dádiva que Criador me deu como a Poesia mais Bela que ele
Mesmo escreveu... Não só para mim, mas também para mim.
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