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sábado, 21 de março de 2015




Minhas queiras, minhas Dores minha Cura.
J. Norinaldo.



Se as minhas noites perdidas jamais serão recuperadas, para que iria querer mais noites  para mais sofrimentos como em noites passadas? Se meus dias sombrios mesmo com o sol a pino, se a tristeza trilhou com capricho meu triste destino, e não me deixa ver a beleza das flores, por que tantas dores tem lugar cativo dentro do meu peito? Meu caminho é escuro e cheio de fantasmas coberto de miasmas, e pelos aceiros fétidos pântanos como o limbo terreno; se o meu mundo é pequeno, meu pensar sórdido e mesquinho, se vivo sozinho sem saber sorrir. O que queria mesmo era não haver noite nem dia, nem sol nem lua ou estrelas, ou um futuro o porvir, na verdade queria mesmo era não queria estar aqui. Mas estou, e vejo tanta gente feliz, tanta gente sorrindo, buscando caminhos diferentes do meu; plantando uma árvore cuja sombra ou fruto virá muito tempo depois, quiçá quando nem mais existir. Estarei somente eu nessa estrada tão triste a caminho de que? Somente eu terei insônias constantes, e quando consigo dormir pesadelos terríveis e horripilantes? Por quê? Esta pergunta venho-me fazendo desde que aprendi perguntar, só que sempre perguntei a mim mesmo, nunca para pensar, para olhar para trás e ver se alguém me seguia também procurando se encontrar; Nunca aproveitei a sombra da árvore que alguém plantou, para conversar com o Criador e com certeza ele me diria: ninguém nasce um sofredor, porém existem escolhas; e você escolheu ser um perdedor. Na verdade, é isto que sou. Hoje caso não durma não lutarei conta à insônia a aproveitarei para refletir sem vergonha ou cerimônia na minha covardia, e ao amanhecer ouvindo o canto dos passarinhos, com os raios do sol batendo em minha janela, sinta que a vida é na verdade a mais bela dádiva que  Criador me deu como a Poesia mais Bela que ele Mesmo escreveu... Não só para mim, mas também para mim.

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