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quinta-feira, 2 de abril de 2009




A Força do Amor
J. Norinaldo.

Se és tão frágil como o caule da avenca,
Tão formosa como a orquídea do campo.
Os teus olhos são como gotas de orvalho,
Iluminados pelo piscar de um pirilampo.
De onde vem essa força que emana,
Do teu ser como o tronco do carvalho?

Como posso eu tão forte e destemido?
Denodado guardião do destemor,
Bastião das fortalezas do destino,
Tremer e chorar ante ti feito um menino,
Na incerteza de conseguir o teu amor?
Portando-me como um leão velho mofino.

Meu escudo pesa mais que a montanha,
Por mais que tente o discurso ensaiado,
Minha voz se transforma num grunhido,
Como um velho lobo pelo inimigo acuado.
Corando como uma tímida donzela
O grande vencedor, enfim vencido.

De onde vem essa força que há em ti,
Que não consigo combater na esplanada?
Que me deixa submisso e sem palavras?
És o cerne do carvalho e eu o caule da avenca,
És a rocha e eu apenas a poeira da estrada,
Pois tens a força do amor e eu apenas da espada.

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