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segunda-feira, 27 de abril de 2009



O Ato do Amor
J. Norinaldo.

O úmido bosque pujante de vida,
Nós dois caminhando em estreito caminho,
Desviando as teias de aranhas no sono,
Com os pés descalços sem medo de espinho;
Pássaros cantando a nossa passagem,
Pisando o tapete das folhas do outono.

A intimidade de amantes em chama,
A árvore que sede seu tronco por cama,
A brisa que guarda consigo os sussurros,
O vento que canta disfarçando o furor.
A nuvem que encobre o sol por momentos,
A natureza cúmplice no ato do amor.

A vida se faz novamente no amor,
Num ato sublime em nada obsceno,
A semente plantada no vaso da vida,
Depois da procela o momento sereno.
O esperar a colheita da planta nascida,
O raro perfume do frasco pequeno.

O furor do combate sem armas sem dor,
O ato do amor onde corpos se adentram,
Momentos que tornam leviana a razão,
O amor dar coragem os amantes se aventam.
Fundindo almas e corpos na pura alquimia,
De seres em chamas labaredas aumentam.

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