As Pedras da Montanha.
J. Norinaldo.
Rolam pedras da montanha estremecida,
Sem guarida a terra treme de pavor,
Enquanto o homem busca nas suas entranhas,
As riquezas mais estranhas num completo despudor;
Desnudando a mãe que lhe deu tudo,
Sobretudo em se plantando tudo dá.
No lugar da floresta do começo,
Hoje o berço da imensidão de areia,
E a água antes clara que corria cristalina,
Hoje é como se fosse uma injeção letal;
No esgoto que se oferece a maré cheia,
No oceano mais um paciente terminal.
Antigas feras que o homem tanto temia,
Hoje vê no dia a adia a comer lixo a sua porta,
Sem florestas para viver não restam alternativas,
O mar invadindo a terra em busca de uma saída;
E o homem segue dando explicações evasivas,
Só que quando abrirmos os olhos a terra estará morta.
Rolam pedras Rockn Roll, o horror já não se esconde,
E as pedras se derretem formando rio de fogo,
E o homem segue dançando ao barulho dos metais;
Até que as fichas terminem fechando as portas do jogo,
E o veneno plantado cresça em nossos quintais...
E restem apenas sombras de fantasmas nos varais.
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