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sexta-feira, 10 de junho de 2011


As Pedras da Montanha.

J. Norinaldo.


Rolam pedras da montanha estremecida,

Sem guarida a terra treme de pavor,

Enquanto o homem busca nas suas entranhas,

As riquezas mais estranhas num completo despudor;

Desnudando a mãe que lhe deu tudo,

Sobretudo em se plantando tudo dá.


No lugar da floresta do começo,

Hoje o berço da imensidão de areia,

E a água antes clara que corria cristalina,

Hoje é como se fosse uma injeção letal;

No esgoto que se oferece a maré cheia,

No oceano mais um paciente terminal.


Antigas feras que o homem tanto temia,

Hoje vê no dia a adia a comer lixo a sua porta,

Sem florestas para viver não restam alternativas,

O mar invadindo a terra em busca de uma saída;

E o homem segue dando explicações evasivas,

Só que quando abrirmos os olhos a terra estará morta.


Rolam pedras Rockn Roll, o horror já não se esconde,

E as pedras se derretem formando rio de fogo,

E o homem segue dançando ao barulho dos metais;

Até que as fichas terminem fechando as portas do jogo,

E o veneno plantado cresça em nossos quintais...

E restem apenas sombras de fantasmas nos varais.

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