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domingo, 12 de junho de 2011


Sonho de Amor.

J. Norinaldo.

Por que invades meu sonho no meio da noite por pura maldade? Com beijos molhados com falsas promessas que não cumprirás? Como consegues fazer com que possa correr e correr sem cansaço? Se desperto ando tão devagar, corro contigo numa praia deserta sei que estás desperta e só eu a sonhar. Acordo e o escuro do quarto protege meus olhos de ver o retrato que a loucura conserva pendurado a parede; as vezes consigo coragem de acender a luz e olhar para ele.

Um turbilhão de saudade, de repente me invade como um lago de dores, primavera sem flores, uma tumba vazia. E tu onde estás, sei que não és mais a mesma da foto? Lembras daquela semente que plantamos a margem do riacho, prometendo um dia nos amar a sua sombra? Nasce, cresceu, deu frutos morreu, e somente eu a reguei com meu pranto.

Às vezes nos meus devaneios, converso contigo como antigamente, nem mesmo falando por ti nunca consegui fazer com que confessasses o motivo que te fez partir. Não amei mais ninguém, se fiz mal ou fiz bem isto não sei. O que sei e que me causa dor, é no meio da noite invadires meu sono com um sonho de amor. Não entendo este poder que tens, por que quando não vens é maior minha dor.

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