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sexta-feira, 17 de junho de 2011


Os Sonhos.

J. Norinaldo.

As vezes nos sonhos quando o corpo inerte,

A vida inverte os sentidos das setas,

E o tolo se vê como o dono do mundo,

E os donos do mundo são simples patetas;

A solidão do poço já não é mais no fundo,

E os mudos se tornam os grandes poetas.


No fundo da tela abstrata e sem cores,

Nos sonhos as flores colorem o ego,

Como uma aquarela nas mãos do pintor;

Resplandece a beleza na visão de um cego,

Solitários se tornam senhores do amor,

Mas nos pesadelos ainda existe a dor.


Será que dormia no ventre materno,

E sonhei com a vida que em breve teria?

Por isto chorei ao deparar-me com a luz,

Por que nunca sonhei com quem tanto queria?

Aquele que um dia pregaram numa cruz,

Ou será que sonhei, mas foi só poesia?

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Sonhador?... Humano?... Sensivel?.
Nada disso! Apenas poeta. Abraço, amigo.